domingo, 11 de novembro de 2007

El Viaje de Said

"El Viaje de Said" é um curta de animação.

Uma produção espanhola do ano de 2006. De Coke Riabbo. Com 12 minutos de duração.

Said sofre um pouco aquilo que estamos acostumados a presenciar pela televisão, internet e através de depoimentos de quem vive a realidade dura de ser um marroquino em um mundo ocidental.

O curta conta a história de um rapaz, chamado Said. Um marroquino que cruza o Estreito e no outro lado, chamada a terra da oportunidade. Porém ele descobre que nem sempre o mundo é tão bonito e especial como já lhe haviam dito.

Salvador (Historia de un milagro cotidiano)

Um curta de 11 minutos, de 2007.

Produção espanhola de Abdelatif Hwidar.

Tem no elenco Nacho Fresneda, Orlín Morán e Carlos Merchár.

Conta a história de um garoto que brinca de esconde-esconde em um vagão ferroviário com o seu pai em uma manhã de março.

Foi exibido na Trigésima Quarta Jornada Internacional de Cinema da Bahia que aconteceu em Setembro último.

Nasija

"Nasija" é o primeiro curta metragem espanhol que o cinespaña apresenta.

Direção de Guillermo Rios. Ano: 2006. E esteve presente na última Mostra Internacional de Cinema em São Paulo em 2007.

Conta a história de uma jovem africana traumatizada pela violência que assola seu vilarejo. As recordações de tempos melhores lhe dá um pequeno conforto diante de um tempo tão doloroso.

São 11 minutos de duração.

Fica a dica para quem além dos longa curtem também bons curta.

Divirta-se assistindo ao curta logo a seguir.

domingo, 28 de outubro de 2007

Laia Marull Quintana

Laia Marull Quintana nasceu em Barcelona, na Espanha, em 4 de Janeiro de 1973.

Era estudante de Filosofia e abandonou seus estudos para se dedicar à arte da interpretação. Em 1994 estreou na televisão e durante 4 anos trabalhou em uma série de TV "Estació d'enllaç".

Em 1995 estreou no teatro a peça "Antonio y Cleopatra", dirigida por Xavier Albertí.

Sua participação no cinema começou em 1996, no filme " Assunto Interno" de Carles Balagué.

Sua mais recente atuação é no filme "Oculto" (2005).

- Em 2001 ganhou o prêmio Goya de melhor atriz revelação pelo filme "Fugitiva" (2000).

"Te doy mis ojos" (2003) dirigdo por Icíar Bollaín, que lhe rendeu o prêmio Goya de melhor atriz protagonista.

Seus principais filmes são:
- "Assunto interno" (1996)
- Razones sentimentales" (1996)
- "Mensaka, páginas de uma história" (1998)
- "Lisboa" (1999)
- "La sombra de Caín" (1999)
- "Pleure pas Germaine" (2000)
- "Café Olé (2000)
- "Fugitivas" (2000)
- "El viaje de Arián" (2000)
- "Te doy mis ojos" (2003)
- "Las voces de la noche" (2003)
- "Oculto" (2005)


Rosa María Sardá

Rosa María Sardá nasceu em Barcelona, na Espanha em 30 de Julho de 1941. Pertence a uma família de grandes personalidades do meio artístico. Foi a primeira a se destacar, nos anos 70, graças a suas inúmeras interpretações, tanto no teatro como no cinema e na televisão. Nos últimos anos se destacou como atriz dramática. Reconhecida como uma excelente atriz pelo público e pela crítica, considera como uma das melhores atrizes da Espanha.

Últimos filmes em que podemos ver a atuação de Sardá:
- "Chuecatown" (2007)
- "Vete de mi" (2006)
- "Te doy mis ojos" (2003)
- "A mi madre le gustan las mujeres" (2002)
- "Deseo" (2002)
- "Dos tipos duros" (2002)
- "El embrujo de Shangai" (2002)
- "El viaje de Carol" (2002)
- "Sin verguenza" (2001)
- "Torrente 2, misíon en Marbella" (2001)
- "Anita no pierde el tren" (2000)
- "Todo sobre mi madre" (1999)

Para quem conhece a atriz e gosta do trabalho dela, segue uma sugestão de um link com uma entrevista com Rosa María Sardá:

http://www.elmundo.es/magazine/num121/textos/entrevista1.html

domingo, 21 de outubro de 2007

Antonio Banderas

Jose Antonio Domínguez Banderas. Nascido dia 10/08/1960 em Málaga na Espanha.

Não apenas ator, mas também produtor (estreou nessa função em 1999 com o filme "Loucos no Alabama").

Foi jogador de futebol antes de ingressar no meio artístico. Aos 14 anos quebrou o pé, o que o impossibilitou de se tornar um jogador profissional de futebol.

Amigo pessoal de Pedro Almodóvar, em 1982 estreou no filme de Almodóvar, "Labyrinth of Passion". Essa parceria não terminou ai, outros 4 filmes do cineasta pode ser vista a participação de Banderas, "Matador", "A Lei do Desejo", "Mulher a Beira de um Ataque de Nervos" e "Ata-me".

Estes dois últimos despertou a atenção do público estadunidense para o ator espanhol. Realizou pequenas particpações em filmes como "Filadelfia", "A Casa dos Espíritos", "Entrevista Com o Vampiro" e "Casos e Casamentos". A partir daí novas oportunidades surgiram e ele passou de coadjuvante para personagens principais em filmes como: "A Balada do Psitoleiro", "Nunca Fale com Estranhos", "Assassinos" e "A Máscara do Zorro".

Durante as gravações do filme "Quero Dizer Que Te Amo" conheceu a mulher com quem se casaria, Melanie Griffith.

"O Caminho dos Ingleses" foi o último filme produzido por ele. Que poder visto na 30 mostra de cinema internacional, que esta acontecendo até o dia 01/11/07 em São Paulo.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Javier Bardem

Javier Ángel Encinas Bardem. Natural de Las Palmas de Gran Canaria, Ilhas Canarias na Espanha. Nascido: 1/3/1969.

Um ator em plena ascensão, considerado um dos atores mais sexy do cinema atual (mesmo aparecendo quase sempre acima do peso nos filmes). Depois de Antonio Banderas foi o ator espanhol que conseguiu um maior destaque no cinema internacional.

O sangue para as artes corre nas suas veias, pois sua mãe, Pilar Bardem, é atriz desde 1965, e seus irmãos, Monica e Carlos, também seguiram carreira. Se isso não bastasse, ainda tinha o avô, Rafael Bardem, na carreira dos atores de cinema.

O primeiro filme em que Javier participou se chama "A idade de Lulu" (1990) e atuou ao lado da sua mãe.

Javier já trabalhou em mais de 25 filmes e seus trabalhos mais conhecidos são: "Carne Trêmula" (Almodóvar), "Antes do anoitecer", "Segunda-feira ao sol", "Mar Adentro" e "O amor nos tempos do cólera".

Recebeu uma indicação ao Oscar pela atuação no filme "Antes do anoitecer". Ganhou o prêmio Goya como melhor ator coadjuvante em "Dias contados" (1994). Ganhou duas vezes o prêmio de melhor ator no festival de Veneza por "Antes do anoitecer" (2000) e "Mar Adentro" (2004).

Segue um texto que foi extraído de uma comunidade do Orkut feita em homenagem ao ator:

A dócil macheza de Javier Bardem - um texto

Dentro do caráter hipertrófico da sexualidade de seus personagens, Bigas Lunas – me parece – foi quem descobriu a melhor encarnação do masculinismo, da macheza latina, da virilidade espanhola: Javier Bardem é a corporificação certeira do masculino que vive bem acordado e vigiado em nossas consciências. Ou, como melhor definiu Julian Schnabel: “macho em físico de touro com nariz de boxeador”. E Javier Bardem esteve para Bigas Lunas assim como Antônio Banderas, para Pedro Almodóvar, com um pequeno adendo: ainda que impregnado por latinidade, Banderas tinha (e tem) uma virilidade delicada e sedutora, ao passo que Bardem, em sua filmografia “espanhola”, exacerbava na testosterona. E eu fiquei admirado com maior imediatez pelo Javier – quando ele ainda não era tão famoso no Brasil – do que pelo Banderas – quando ele já havia sido “descoberto” por Madonna. Como sempre, o que mais me chamou a atenção no primeiro, além de sua presença cinematográfica cheia de inteireza, foi o ar de desamparo miscível à sua macheza exorbitante, emanado por seus olhos encharcados de melancolia, seus olhares longos e lânguidos, num rosto de traços firmes em um corpo de sólido. A coabitação da aspereza viril de seu físico com sua atmosfera de desproteção me encantou nos filmes de Bigas Lunas e foi reiterada em “Carne Trêmula”, filme de Almodóvar, que me fez guardar seu nome. A partir de então, passei a acompanhá-lo com certa regularidade.
Javier Bardem é um grande ator. Um ator esplendoroso. A prova mais recente disso foi para mim revelada em “Antes do Anoitecer”. Numa interpretação pungente e vigorosa, Javier encarnou Reinaldo Arenas com muita dignidade, movendo-se pela paixão, mas não deixando o emocional vir às cambulhadas. Havia comedimento (não entendendo-se, aqui, uma crítica) e, ao mesmo tempo, despudor.

E o mais impressionante: a possibilidade de viver um homossexual com uma sutileza perceptível apenas para os que conhecem bem a homossexualidade e seus códigos. Seus gestos sinuosos, sua postura corporal ensimesmada, braços desenhando no espaço o caminho para insinuações de dubiedade, olhares que, em segundos, eram capazes de dardejar com malícia e, depois, com desabrigo, foram detalhes apreendidos com um rigor impressionante por Javier. O mais interessante – além da óbvia colocação que eu poderia fazer, já que o ator saiu dos personagens medularmente machos para experimentar um gay perseguido em “Antes do Anoitecer” – é o fato de já tê-lo visto vivendo outro homossexual num filme (“Segunda Pele”) exibido no Festival do Rio, em setembro 2001. Tratava-se da incorporação de um personagem que, em quase nada, poderia ser relacionado ao seu Reinaldo Arenas. Foi como se Javier respeitosamente tivesse pesquisado o amplo universo homossexual. Assim como entre os heterossexuais, entre os gays, há gays e gays. Essa abrangência, que não me parece tão nítida na mídia, que, preguiçosa ou mal intencionalmente, prefere reduzi-la ao aspecto mais caricato, espalhafatoso, fica muito clara nas intenções interpretativas de Javier Bardem em “Segunda Pele” e em “Antes do Anoitecer”. Há um dado dialogal com os diferentes aspectos da vida gay, um descompromisso com a raquítica visibilidade permitida aos homossexuais pela mídia. Isso me sensibilizou bastante, me tocou fundamente, fazendo com que eu o apontasse como um dos atores de que mais gostei de assistir no cinema – e, também, um dos grandes atores mundiais. E um ator corajoso, porque, dentro de mim, há uma profunda certeza de que Javier pode ganhar projeção internacional, via Hollywood, mas ele não hesitou na cessão de sua imagem de “macho em físico de touro”, tão necessária para a nutrição da nítida demarcação dos papéis sexuais no esquema cinematográfico americano até hoje, para um gay cubano em filme de Schnabel,

o que poderia facilmente enodoar sua masculinidade e se tornar uma zona de contenção de seu acesso ao Olimpo do cinema industrial do mundo – apesar de ter ouvido de não sei qual ator americano que, atualmente, o grande salto para a fama de um ator iniciante seria viver um personagem gay, capaz de render polêmicas que ocupariam revistas e programas de televisão, atiçando e alimentando a curiosidade de um público (a grande maioria da pessoas) para o qual certos tabus (os de sempre) ainda não foram dissolvidos pela dita revolução sexual em pleno século XXI. Fazer o quê? O fato é que, se esse grande público pudesse acompanhar a trajetória de Javier Bardem no cinema, certamente se surpreenderia com suas interpretações para personagens que são verdadeiros antípodas. E certamente tenderia a creditar vivências pouco ortodoxas à lealdade de seu trabalho. Afinal, me parece mais fácil acreditar num macho vivido por um gay do que num gay vivido por um macho, porque a macheza não permite docilidade, mas a docilidade deve virar macheza quando se deseja ser macho. Javier Bardem surpreende-me por, com sua densidade, seu vigor, seu apuro, transitar incólume por tais reduções e simplismos, estabelecendo a possibilidade da dócil macheza, do dengo viril.

Confira mais no link: http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=126111&tid=247751797

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Luís Tosar

Luís Tosar é um nome que se repete em muitos dos posts do cinespaña, e não é por acaso. Esse ator galego é hoje um dos mais consagrados do cinema espanhol. Talvez não tanto como o Javier Bardem, por seu reconhecimento internacional, mas quase isso. Tosar começou a fazer filmes e a trabalhar na televisão desde os anos 90, na Galícia, e era bastante popular por lá. Foi só em 1999, com o filme "Flores de Otro Mundo", dirigido por Icíar Bollain, que Luís Tosar se tornou mais conhecido em toda a Espanha, e não deixou de receber convites para um monte de filmes.

A partir daí a vida cinematográfica de Tosar não parou, e ele teve a oportunidade de trabalhar com cineastas renomados (Álex de la Iglesia) e com aqueles que estavam fazendo seus primeiros filmes (Patricia Ferreira), em personagens cômicos (no filme "Inconscientes", de Joaquín Oristrell), polêmicos (em "Te Doy Mis Ojos", de Icíar Bollain) ou dramáticos (em "Los Lunes al Sol", de Fernando León de Aranoa), através dos quais se tornou um ator respeitado e digno de diversos prêmios, entre eles o Goya de melhor ator, melhor ator coadjuvante e melhor ator revelação.

No panorama do cinema espanhol atual, Luís Tosar representa um dos atores mais expressivos e mais cogitados pelos diretores. Sua flexibilidade ao representar os mais diferentes tipos e a sua em geral boa escolha para bons papéis em bons filmes fez que tivesse um público cativo, que está sempre à espera de suas novas empreitadas. Tosar já andou saindo da Espanha e fez uma participação no longa hollywoodiano de ação "Miami Vice", de Michael Mann. Seus últimos trabalhos foram nos longas "Causal Day" (2007), de Max Lemcke, e "Las Vidas de Celia" (2007), de Antonio Chavarrías, no qual contracena com Najwa Nimri. Seus próximos filmes são "Normal con Alas", de Coca Gómez, ainda sem data de estréia, e "La Noche que Dejó de Llover", de Alfonso Zarauza, ainda em fase de filmagem.

domingo, 14 de outubro de 2007

Te Doy Mis Ojos

Muitos cineastas espanhóis contemporâneos estão preocupados em retrtatar em seus filmes questões de importância social relevante, como é o caso de Fernando León de Aranoa, como vimos há pouco, e Icíar Bollaín, entre alguns outros que já teremos oportunidade de conhecer. Bollaín, em 2003, produziu o longa "Te Doy Mis Ojos", com Laia Marull, Luis Tosar, Candela Peña e Rosa María Sardà, que trata da violência de um homem contra a sua mulher.

Claramente um drama preocupado na investigação do tema, "Te Doy Mis Ojos" cria dois personagens muito fortes para construir a história de um casal que está desesperadamente em busca de reencontrar o amor que sentia quando se conheceu, cada um ao seu modo. O longa começa com a fuga de Pilar (Laia Marull) da sua casa à casa da irmã, fugida de Antonio (Luis Tosar), seu marido. Pilar leva somente seu filho, um par de coisas e o desespero e medo cravados em seus olhos. Não tarda muito a que Antonio vá atrás da esposa, e o encontro que se estabelece entre os dois nesse momento é um exemplo muito bom do que viria a ser o tom da película.

Enquanto vemos a expressão de medo e desespero de Pilar por saber que seu marido pode lhe machucar de novo a qualquer momento, tem lugar também o desespero de Antonio por não conseguir controlar suas ações nem palavras. Aqui podemos ver que o diretor Icíar Bollaín não pretende fazer do seu filme um exemplo de maniqueísmo que obviamente se poderia esperar de uma história na qual o "bom" e o "mau" estão muito bem definidos. Essa sequência mostra que a Bollaín interessa a investigação profunda dos dois personagens, seus motivos, suas buscas pessoais, suas lutas internas. E consegue, já que, em momento algum, Antonio se torna o montsro da história, e "Te Doy Mis Ojos" nos leva a estar ao lado tanto de Pilar como de seu violento marido.

O que torna esse filme bonito é o interessante manejo do diretor em fazer insinuações e sugerir todo o tema da violência a partir de peculiaridades dos seus personagens. Há sequências belíssimas nas quais sentimos profundamente a dor de Pilar por ter-se visto obrigada a abandonar o marido que ama, ou quando notamos a partir de sutilezas o que é que pode justificar, para Antonio, seu comportamente agressivo. Há uma cena entre os dois que é muito ilustrativa nesse sentido, que é quando Pilar decide voltar pra casa porque acredita nas palavras de amor de Antonio - os dois estão sentados em uma mesinha a céu aberto, e, felizes, gritam para que todos ouçam que nada poderá com o amor deles: "A tomar por culo todo el mundo!", dizem, aos berros e sorrindo.

"Te Doy Mis Ojos" tem no casal protagonista uma dupla de atores que consegue atribuir aos seus personagens a força emocional necessária para que o filme funcione. Laia Marull interpreta uma Pilar capaz de causar os mais diferentes sentimentos no espectador, mas é Luis Tosar que rouba a cena aqui, por conseguir, numa interpretação magnífica, ser profundamente honesto com o seu complexo personagem, conseguindo fazer que o público lhe tivesse um mínimo de comiseração.

"Te Doy Mis Ojos" é o oitavo filme de Icíar Bollaín e a música do filme é de Alberto Iglesias, um dos mais renomados músicos de cinema não só espanhol.

sábado, 13 de outubro de 2007

30ª Mostra de Cinema Internacional

De 19 de Outubro a 01 de Novembro acontece em São Paulo a 30ª Mostra de Cinema Internacional.

Os filmes espanhóis que serão exibidos são:

- El Orfanato - Juan Antonio Bayona
- El Rumor de La Arena - Jesús Prieto, Daniel Iriarte
- La Muñeca Del Espacio - Danid Moncasi
- O Caminho dos Ingleses - Antonio Banderas
- Um Lugar no Cinema - Alberto Morais
- Utopia 79 - Joan Lopez
- Yo Soy La Juani - Bigas Luna

Confira maiores detalhes no site:

http://www2.uol.com.br/mostra/30/p_home.shtml

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Mar Adentro

Quem espera um filme simples, divertido ou que apenas seja mais um longa para assistir como lazer, está muito enganado. O cinespaña hoje indica “Mar Adentro”, ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro de 2004, com direção do nosso já conhecido Alejandro Amenábar, é um filme que leva marmanjos a chorar e os mais sensíveis a repensar nas suas vidas (com lágrimas nos olhos). É um filme forte, bonito e ao mesmo tempo um convite ao suicídio e a viver a vida intensamente.

Para começar, é bom saber que o filme aborda a história real do espanhol Ramón Sampedro, um ex-marinheiro que após sofrer um acidente de mergulho ficou tetraplégico e passou 29 anos sendo cuidado pelos seus familiares. Ele lutou pelo seu direito de “morrer dignamente”. Em 1993 seu caso foi levado aos tribunais para que pudesse ter o direito de lhe ser aplicada à eutanásia, porém teve o seu pedido negado. Após a sua morte, em 1996, foi entregue aos juizes uma carta escrita por Sampedro em que ele transmite a mensagem de que viver não é uma obrigação e sim um direito assistido a todas as pessoas.

Aborda um tema já amplamente discutido e bastante polêmico: a eutanásia. Geralmente muitas pessoas deixam de ver o filme por se tratar de um tema que gera um mal estar em todo mundo: a morte. Porém o diferencial do filme está justamente na forma como a história é contada. Por se tratar da morte, acaba por conseqüência nos fazendo enxergar à vida em toda sua singularidade e particularidade.

Uma arte dentro da obra de arte poderia se dizer que é a atuação de Javier Bardem como Ramón Sampedro.

Ficha técnica: (Mar Adentro, ESP, 2004), Direção: Alejandro Amenábar, Elenco: Javier Bardem, Belén Rueda, Lola Dueñas, Mabel Rivera, Celso Bugallo, Clara Segura, Joan Dalmau, Alberto Jiménez, Tamar Novas, Francesc Garrido, José María Pou, Alberto Amarilla, Nicolás F. Luna, Duração: 125 min.

Para quem é adepto ao gênero dramático esse é um filme que não deve ser deixado de ser visto. E não esqueça: prepare a caixa dos lencinhos de papel.


Segue o poema que encerra o filme:


Os Sonhos – Ramón Sampedro

“Mar adentro, mar adentro,
E na leveza do fundo,
Onde se cumprem os sonhos,
Juntam-se duas vontades
Para cumprir um desejo.

Um beijo incendeia a vida
Com um relâmpago e um trovão,
E em uma metamorfose
Meu corpo já não era meu corpo;
Era como penetrar no centro do universo:

O abraço mais pueril,
E o mais puro dos beijos,
Até sermos reduzidos
Em um único desejo:

Seu olhar e meu olhar
Como um eco repetindo, sem palavras:
Mais adentro, mais adentro,
Até o mais além do todo
Pelo sangue e pelos ossos.

Mas sempre acordo
E sempre quero estar morto
Para seguir com minha boca
Enredada em seus cabelos”.

Comunidades e o Cinema Espanhol

Já que o assunto é dica, vamos a próxima.

Para aqueles que não são E.T.s, como eu, que mantenho uma relação de amor e ódio com orkut, vai uma dica de três comunidades que trazem discussões a respeito do cinema espanhol.

1 - Cinema espanhol: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=669549

2 - Cinema Europeu: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=58167

3 - Resenhas de Cinema: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=29145571

sábado, 6 de outubro de 2007

Para asssitir filmes espanhóis

Se você estiver a fim de assistir esses filmes espanhóis que nunca foram (e dificilmente serão) lançados aqui no Brasil, o cinespaña te dá uma dica, não muito politicamente correta, mas necessária.

Tem um programa de downloads de filmes muito popular entre os espanhóis e no qual eles disponibilizam um acervo incrível da sua filmografia. Muitos dos filmes vistos por esta que vos escreve foi baixado por este programa, e, dependendo da sua conexão, o filme chega no mesmo dia. Mas, claro, os filmes não possuem legenda e é um pouco difícil de encontrá-las, mas dai você pode fazer download das legendas em qualquer site de legendas que há na internet, que são um monte.

O programa, enfim, se chama Ares, e você pode baixá-lo gratuitamente em qualquer site de download de softwares. Daí é só colocar na busca por vídeos o nome dos filmes que você quiser e esperar. Já que não podemos ir à locadora para ver algumas dessas preciosidades, o jeito mesmo é recorrer às maravilhas da pirataria e da internet.

Barrio

Segundo filme do cineasta madrileño Fernando León de Aranoa, "Barrio" (Bairro, 1998, não lançado no Brasil), acompanha a trajetória de três adolescentes, Javi (Timy), Manu (Eloi Yebra) e Rai (Críspulo Cabezas), que vivem num bairro marginal de Madrid. É verão na Espanha e todo mundo parece ter dinheiro para viajar, menos as suas famílias. Com tanto tempo livre e nada para fazer, os três amigos se dedicam a falar de meninas, aventurar-se em pequenos problemas e entregar-se à ilusão dos seus sonhos de meninos. O mundo da delinquência parece ser o único que se abre para eles, enquanto em suas vidas ainda têm de lidar com problemas familiares, que não são poucos nem muito simples.

Da filmografia de Aranoa, "Barrio" está longe de ser o melhor filme, mas é um bom representante do cinema social do diretor. O tema da solidão está mais uma vez aqui presente, e sua direção é sempre pautada no realismo, com poucos truques de câmara e de luz, mas uma forte influência na direção de atores e nos diálogos. Aranoa investe muito na interação entre os seus atores, que nem de longe parecem estar atuando. A linguagem "de rua" estabelecida nos diálogos é uma marca forte em todos os seus filmes, e em "Barrio" é talvez a sua estratégia mais forte de caracterização dos personagens.

Mas não é tudo que funciona em "Barrio". A trilha sonora é um tanto desequilibrada e atrapalha o ritmo do filme, assim como a escolha por abordar muitos e diversos temas de uma só vez, distoando um pouco o bom andamento do roteiro. De qualquer forma, pelo realismo e fluidez, é impossível não se render à proposta de "Barrio" e à riqueza dos seus três protagonistas. Apesar de seus probleminhas aqui e ali, o longa marca uma continuidade lógica à trajetoria cinematográfica de Fernando León de Aranoa, que viria a ser reconhecida muito em breve.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Todo Sobre Mi Madre

“Tudo sobre minha mãe” é uma produção de Pedro Almodóvar, do ano de 1999, classificado no gênero dramático que tem no elenco Eloy Azorín, Cecília Roth, Marisa Paredes, Candela Peña, Antonia San Juan, Penélope Cruz, Rosa Maria Sarda, Fernando Fernán Gómez, Toni Canto, Carlos Lozano e Fito Paez.

Eloy Azorín interpreta Esteban, um adolescente de 17 anos, escritor, que pede como presente de aniversário pra sua mãe Manuela (Cecília Roth) a chance de ir ao cinema ver ao teatro ver a peça “Um Bonde Chamado Desejo”. Marisa Paredes (Huma Rojo) é uma atriz considerada uma estrela e o adolescente fica a espera da saída dela para lhe pedir um autógrafo. Naquele dia Esteban irá perder a sua vida. Devido ao temporal que caia, ele fora atrolepado e faleceu ao chegar no hospital. Sua mãe, desolada e sozinha, decide retornar a Barcelona.

Manuela saiu de Barcelona fugida e agora decidiu retornar para procurar o pai do menino, que agora é um travesti. A vida de Manuela vai se transformar profundamente, ela se vê rodeada de personagens complexos e singulares, tais como o travesti Agrado (Antonia San Juan), que se torna uma grande amiga; Hermana Rosa (Penélope Cruz), uma mulher de bom coração que trabalha em uma instituição que ajuda as pessoas; a atriz em ascensão Huma Rojo (Marisa Paredes); Lola (Toni Canto), além de outros personagens.

Cada personagem que passa pela vida de Manuela lhe traz um significado que a faz refletir e lhe dá força para enfrentar a vida.

“Tudo Sobre Minha Mãe” é um filme forte, aborda temas pesados e pode não agradar aos mais conservadores, porém é um filme considerado por muitos como a obra prima do diretor espanhol mais conhecido do mundo e também um longa muito premiado. Almodóvar levou o Oscar de melhor filme estrangeiro por essa produção.

Fique agora com um trecho do filme "Todo Sobre Mi Madre":

La Ardilla Roja

Já que o cinespaña falou do cineasta Julio Medem, decidimos, nesse post, apresentar um dos seus mais emblemáticos filmes, "La Ardilla Roja" (O Esquilo Vermelho, 1993), lançado no Brasil somente em VHS.

Segundo filme do cineasta basco, "La Ardilla Roja"conta uma história sobre a natureza da ilusão e do amor, a partir da estranha relação que se estabelece entre Jota (Nancho Novo), um músico aposentado que sofre pelo abandono da namorada, com quem viveu quatro anos, e Sofia (Emma Suarez), uma misteriosa mulher que aparece na vida de Jota e na qual ele vê a oportunidade de re-esculpir a sua amada. O encontro entre Jota e Sofia se dá quando ela, fugindo na sua moto de uma perseguição de carro, cai em um precipício em direção à areia da praia, mesmo lugar onde Jota tentava se matar. O músico corre para socorrê-la e, ao perceber que a moça encontrava amnésica, aproveita para fazer de conta que é seu namorado e, a partir daí, constrói toda uma realidade na qual coloca todas as esperanças da sua vida.

Como em todos os seus outros filmes, o universo das ilusões, do amor e das casualidades é o que move "La Ardilla Roja". Medem utiliza mais uma vez as mesmas estratégias narrativas de seu longa anterior, "Vacas" (1992), mas dessa vez numa história que envolve uma série de complexidades e que é contada a partir de imagens metafóricas, jogos com os diálogos, relações internas de personagens muito interessantes e uma trilha sonora pontual e instigante. Tudo em "La Ardilla Roja" é cheio de detalhes que compõem a narrativa de modo poético e ao mesmo tempo agressivo. Também como em "Vacas", aqui é um animal que dá nome ao filme, um esquilo, o esquilo vermelho, principal metáfora do filme e que nos ajuda a entender melhor os personagens e suas relações entre si.

"La Ardilla Roja" não é um filme de gênero, é até mesmo difícil de definir, possui uma linguagem muito própria e ao mesmo tempo ousada. Mas a ousadia de Medem, aqui, é encantadora, principalmente por sua atenção em pequenas coisas que, juntas, fazem desse filme um primor da sua cinematografia. A trilha sonora, de responsabilidade de Alberto Iglesias, é um show à parte, pontuando muito bem os momentos metafóricos e oníricos da narrativa, sem a qual não funcionaria de nenhum modo. Destaque também para o elenco, praticamente todo advindo do seu primeiro filme, agora todos em papéis bastante diferentes, atestando seu talento. O destaque vai para Emma Suarez e Fele Martinez, impecáveis diante da loucura dos seus personagens.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Alejandro Amenábar

Como no último post o cinespana trouxe um pouco sobre o filme “Abre los Ojos”, hoje decidimos dedicar um post exclusivo para o seu diretor.

Alejandro Fernando Amenábar Cantos nasceu em Santiago no Chile em 31 de Março de 1972, filho de mãe espanhola e pai chileno. Alguns podem estar se perguntando por que ele merece então um post em um blog destinado ao cinema (produções, atores, atrizes e diretores) espanhol, sendo ele um chileno? Não apenas por ser espanhol por parte de mãe, mas também porque, apesar de ter nascido no Chile, ele cresceu (migrou para Madrid com toda sua família na época do golpe militar de Pinochet que assolou o Chile) e desenvolveu sua carreira na Espanha.

Aos 19 anos recebeu o prêmio “Asociación Independiente de Cineastas Amateurs” pelo seu primeira curta metragem “La Cabeza”, marcando sua primeira parceria de sucesso com Mateo Gil, que a partir dessa primeira premiação será seu colaborados mais fiel. Seguindo essa carreira de sucesso, no ano seguinte (1992), seu trabalho “Himenóptero” foi escolhido com o prêmio de melhor curta nos festivais de “Elche” (Alicante) e “Carabanchel” (Madrid).

Depois disso Alejandro não parou mais de produzir e, consequentemente, de ganhar prêmios por suas produções. Em 1997 surge seu segundo longa metragem, a ficção científica “Abre los Ojos”. Filme este que lhe deu uma visibilidade internacional como diretor, pois o longa foi exibido em festivais internacionais, tais como o de Berlim, Sundance e Tokio.

Como já foi dito anteriormente, Tom Cruise gostou tanto do filme “Abre los Ojos” que adquiriu os direitos autorais do filme e dele foi feita uma nova versão “Vanilla Sky” que também contou com a direção de Alejandro. O que lhe deu uma certa visibilidade em Hollywood, e por conseqüência, no resto do mundo.

Dirigiu “Os outros”, protagonizado por Nicole Kidman, todo em inglês e com um teor misto de suspense e terror. Muito elogiado pela crítica e pelo público, este talvez seja o seu filme mais conhecido pelo público, fora do circuito alternativo ou dos amantes do cinema espanhol.
Fique agora com o trailer do filme “Mar Adentro”, que garantiu ao diretor a estatueta mais cobiçada da sétima arte: O Oscar de melhor filme estrangeiro em 2004.

sábado, 29 de setembro de 2007

Abre los Ojos

Em posts anteriores o cinespana trouxe um pouco de informações sobre as vidas dos atores Eduardo Noriega, Penélope Cruz e Najwa Nimri e hoje trazemos um filme em que eles atuam juntos: "Abre los Ojos" ou "Preso na Escuridão".

O filme é do ano de 1997, com direção do também espanhol Alejandro Amenábar. Roteiro de Alejandro Amenábar e Mateo Gil. Produção de Fernando Bovaira e José Luis Cuerda. No elenco grandes nomes: Eduardo Noriega (César), Penélope Cruz (Sofia), Chete Lara (Antonio), Fele Martinez (Pelayo), Najwa Nimri (Nuria), Gerard Barray (Duvernois), Miguel Palenzuela (Comissário) e Pedro Miguel Martinez (Médico-chefe). Classificado como suspense porém tem também uma certa dose de visão futurista ao estilo de Matrix.

O filme pode ser visto em uma refilmagem sob o título de Vanilla Sky (2001) com atuação de Tom Cruise como César e a própria Penélope Cruz novamente como Sofia. Tom Cruise comprou os direitos autorais do filme e foi feita uma refilmagem sob o argumento de que ele havia gostado muito do filme e gostaria que a história chegasse ao público estadunidense, que segundo ele não costuma assistir produções européias. Será mesmo?

César (Eduardo Noriega) vive em uma mansão, único herdeiro de pais que já haviam morrido e por isso dono de uma enorme fortuna. Um jovem muito bonito e também muito mulherengo, o tipo de homem que não consegue manter um relacionamento com uma mulher por muito tempo.

O sucesso de César, principalmente com as mulheres, vai despertar a inveja do seu melhor amigo, Pelayo (Fele Martinez). César namora com Nuria (Najwa Nimri) mas em uma festa acaba conhecendo Sofia (Penélope Cruz) e acaba se apaixonando, como nunca tinha acontecido antes por nenhuma outra mulher. Por ironia Sofia não lhe dá muita bola, mas ao longo de um jogo de conquista e sedução César consegue a afeição da moça.

Então nos perguntamos: e Nuria? Ai está o erro de César e essa será a pessoa que mudará toda a sua vida. Nuria é uma mulher por demais ciumenta e não concebe a idéia de César ter outra mulher que não seja ela. Desesperada, a ex namorada provoca um acidente de carro que lhe tira sua vida e provoca efeitos profundos na vida do seu amado. César também estava no carro quando Nuria comete suicídio batendo o carro contra uma árvore. O rapaz não morre, mas também não sai ileso do acidente: seu rosto foi desfigurado.

Além de ter sido vítima do acesso de raiva e rejeição de Nuria que lhe deixou uma marca profunda, César ainda terá que enfrentar as investigações policiais que o apontam como um assassino e ao ser julgado foi condenado. Os médicos dizem a César que por mais que tentassem não teriam como reconstituir seu rosto e lhe devolver a beleza roubada. O que deixa o rapaz arrasado.

Após um tempo os médicos informam que existe uma nova técnica que vem revolucionar a estética na medicina e seriam capazes de reconstituir o rosto do rapaz. Na penitenciária César se submete a diversas cirurgias e começa a se preparar para dar um novo começo à sua vida. Porém do nada ele começa a ter um comportamento estranho e o psiquiatra local fica intrigado com essa mudança de César. Ele começa a viver um pesadelo, Sofia resurge para lhe dizer que o ama e ele começa a ter visões que o atormenta e o deixa bastante assustado.

Será que César ficou louco? Ou será que outra coisa estava provocando isso nele? O cinespana quer saber a sua opinião. Para quem já viu nos deixe sua opinião, pra quem ainda não viu serve como indicação de mais uma ótima produção espanhola.

Fique agora com um trechinho do filme “Abre los Ojos”

domingo, 23 de setembro de 2007

Penélope Cruz

Hoje o cinespana traz uma atriz conhecida não apenas pelos interessados no cinema espanhol. Penélope Cruz Sánchez, nasceu em Madrid, na Espanha, no dia 28 de abril de 1974. Filha primogênita da família tem dois irmãos, Eduardo e Mônica, filha de Eduardo, um mecânico e Encarna Sánchez, uma cabeleireira. O seu nome foi uma homenagem de seus pais a uma canção sobre a espera de uma mulher por seu amado que eles adoravam do compositor espanhol Joan Manuel Serrat.
Apesar de ter nascido na Espanha fala quatro línguas: espanhol, italiano, francês e inglês. Fez 14 anos de balé clássico e três de dança espanhola. Aos 15 anos disputou um concurso contra 300 garotas por uma vaga como atriz para trabalhar em uma TV espanhola. E em 1991 estreou no cinema com o filme “El Laberinto Griego”.

No filme “Jamón, Jamón” de Bigas Lunas, quando tinha apenas 17 anos, fez cenas bastante ousadas para a pouca idade, o que a tornou um símbolo sexual na Espanha. Devido à repercussão das cenas protagonizadas resolveu não mais fazer filmes eróticos. Porém Penélope não tinha mais como fugir do destino certeiro como uma das estrelas mais sensuais de Hollywood. Afinal é dona de um corpo escultural que mantém sem dieta (come de tudo e batata-frita é o seu prato predileto), boca carnuda e feições delicadas, rapidamente ela iria construir os passos para o sucesso, dentro e fora da Espanha. Segundo Penélope o segredo da sua beleza e felicidade está nas incontáveis horas de sono, talvez uma justificativa divertida para poder fazer o que mais gosta no mundo: dormir.


Quando está acordada não dispensa uma música, dança ou boa leitura nos momentos de lazer. Penélope tem uma verdadeira adoração por animais, principalmente por gatos vira-latas, que costuma adotar e levar para suas casas, em Nova York e Madrid. Madre Teresa foi um de seus ídolos e guarda em sua casa de Madrid um rosário que ganhou da madre quando a conheceu em Calcutá quando foi lá para entrevistá-la.

Tornou-se vegetariana depois das filmagens de “Espírito Selvagem”, em 2000. Penélope foi a única atriz espanhola a atingir o estrelato nos Estados Unidos. E ela conquistou Hollywood de todas as suas formas, era freqüente vê-la em capas de revistas e em pouco mais de um ano já havia trabalhado com estrelas como Tom Cruise, Matt Damon, Johnny Deep e Nicolas Cage. Uma das regras básicas dela é não falar de sua vida pessoal, afinal tem um verdadeiro horror das fofocas que são publicadas constantemente sobre os atores pela imprensa. E ela mesma já foi vítima dessas colunas de fofocas, pois bastava trabalhar ao lado de grandes nomes do cinema que esses atores já viraram seus namorados. Foi assim com Matt Damon, Nicolas Cage e Tom Cruise. Com este último manteve um namoro de três anos discretíssimo e mantido a distância da imprensa.

Estreou em 1998 nos Estados Unidos com o filme “Terra das Paixões” de Stephen Frears, porém seu estrelato nos EUA só viria a acontecer um ano depois com o filme “Tudo sobre minha mãe” de Pedro Almodóvar. De quem viria a se tornar a queridinha. Almodóvar adora vê-la fazer papéis de dona de casa bem comuns e afirma que ela fica muito mais bonita sem maquiagem, de camiseta e jeans. E ela decididamente é a musa do diretor espanhol. Após “Carne Trêmula”, “Tudo Sobre Minha Mãe” e “Volver”, Almodóvar e Penélope se unem mais uma vez para um projeto ainda sem título definido.



Penélope já recebeu algumas indicações ao Oscar como melhor atriz, por “Volver” (2006) mas ainda não ganhou a sua hora. Porém fez parte de dois filmes que já ganharam a estatueta como melhor filme estrangeiro: “Sedução” e “Tudo Sobre Minha Mãe”.

A novidade que o cinespana traz sobre a atriz é que o seu nome está sendo cotado para interpretar a soprano grega Maria Callas no novo filme de Guido De Angelis, um produtor italiano. O filme será uma adaptação da biografia “Troppo Fiera, Troppo Fragile”, de Alsonso Signorini. O livro é um retrato de mulher com uma história de amor intensa e sincera. O que de imediato fez De Angelis pensar em Penélope como protagonista. A espanhola ainda não aceitou a proposta, porém as negociações estão indo de vento em popa.


Penélope e Maria Callas

sábado, 22 de setembro de 2007

Leonor Watling

Leonor Ceballos Watling, filha de uma britânica, que lhe deu esse nome em homenagem a Leonor de Aquitania, percussora do feminismo. A mais nova de uma grande família de dois rapazes e duas moças, nasceu em Madri, na Espanha no dia 28 de Julho de 1975.

Seu primeiro desejo profissional era ser bailarina e aos oito anos já iniciava seus estudos em balé clássico na Escola Nacional de Dança. Amante da música, especialmente do jazz e soul. Ela teve participações em corais de Federico Chueca e San Jorge, em um coro gospel da igreja Anglicana de Madri além de ter feito parte de diversos grupos como por exemplo a Sociedad Protectora del Soul.

Porém Leonor estava realmente decidida a ser atriz e deu seus primeiros passos no teatro amador em diversos centros culturais. Em 1993, se tornou uma debutante na grande telona e despontou com o filme “Jardines colgantes” de Pablo Llorca.

Posteriormente foi para Londres para estudar no Actor's Center, participou de séries televisivas, tais como: “Hermanos de leche”, “Farmacia de guardia” e o “Querido maestro”. Porém, a sua grande paixão era realmente o cinema e manteve uma efetiva participação da telona a partir da segunda metade dos anos 90. Foi candidata ao prêmio Goya como a melhor atriz protagonista por “La hora de los valientes” (1998), de Antonio Mercero.

Em 2002, novamente disputou o Goya como melhor atriz protagonista pela estréia na comédia “A mi madre le gustan las mujeres”, de Daniela Fejerman e Inés París, atuou como Elvira, uma mulher neurótica e desequilibrada que quase surta quando a sua mãe (Rosa María Sardà) anuncia que iria se casar com uma outra mulher.

Em 2004 protagonizou “Inconscientes” de Joaquín Oristreill e “Crônicas” de Sebastián Cordero, uma coprodução entre o México e o Equador. Em 2007 nos trás a sua participação com o filme “Teresa, muerte y vida” de Ray Loriga. Para 2008 esperamos ansiosamente sua atuação em “Crímenes de Oxford” de Alex de la Iglesia.

Paralelamente a sua carreira de atriz, Leonor tem se saído bem como cantora e compositora do grupo Marlango, que já possui quatro discos: Marlango (2004), Automatic imperfection (2005), Selection (2006) e The electrical morning (2007).

Fiquem agora com um vídeo com uma entrevista de Leonor Watling à Luis Alegre.